Hoje está um dia que mais parece Inverno. Por isso muitas pessoas ficaram em casa.
Mas eu, mesmo que estivesse um dia ensolarado e quente, acabaria por ficar em casa.
Passear é, por enquanto, para mim uma miragem.
E enquanto estava aqui com algumas das minhas dores veio-me à lembrança que talvez tenha chegado a hora de focar um ou outro aspecto que acho que todas as pessoas que vão de viagem(nem que seja por um simples fim de semana) para qualquer país da União Europeia, não devem deixar de cumprir, religiosamente.
Isto porque o mal não acontece só aos outros e, portanto, pessoa prevenida vale por duas.
1 - CARTÃO EUROPEU DE SEGURO DE DOENÇA.
Ele dá-nos a possibilidade de podermos ser assistidos em qualquer hospital público-mesmo sendo necessária qualquer intervenção cirúrgia.
O transporte em ambulância
Radiografias e outros exames
Isto tudo sem qualquer despesa da nossa parte.
As contas são feitas, posteriormente, entre os serviços de saúde estatais dos dois países.
Este cartão tem validade de 3 anos e é pessoal e intransmissível.
Apenas cobre gastos de ocasião e não aqueles tratamentos e operações que as pessoas têm programadas para fazer no estrangeiro.
Trata-se na Segurança Social. Também na Loja do Cidadão ou pela internet no site da S.sOCIAL.(além dos 27 países da U.E. também é aceite na Suiça, Noruega, Liechtenstein e Islândia)
Se não tiver este cartão e necessitar de cuidados médicos, terá de pagar todas as despesas que os serviços médicos lhe apresentarem nesse país. Guardar as facturas e apresentá-las no Serviço de Saúde da área da residência. Depois de as mesmas serem analisadas , o Ministério da Saúde decidirá se elas serão reembolsáveis e qual a data de pagamento. Pelo que ficou dito ,o melhor mesmo é tratarem do cartão de modo a estar na vossa posse à data da partida.
«««««««««« »»»»»»»»»»
Outro aspecto muito importante relaciona-se com o seguro de viagem.
Acreditem que a melhor opção, para no caso de o mesmo vir a ser necessário, é efectuar o pagamento da viagem com cartão de crédito.
Isto porque , ao subscreverem um cartão deste tipo, ele tem associado um seguro de viagem.
Convém ler bem as cláusulas e assim saber aquilo que tem direito em caso de algum acidente.
O meu cartão assegura o pagamento das despesas extraordinárias feitas,por motivo de acidente, tais como: deslocação em transportes especiais, pagamento de consultas,medicamentos, alugueres de cadeira de rodas e ainda as originadas com o repatriamento da pessoa acidentada.(estas últimas se a pessoa estiver internada 5 dias)
Nem todos os cartões têm as mesmas cláusulas.
Por isso, ao subscreverem um cartão, devem inteirar-se do que podem usufruir em caso de necessidade.
Devem também ter à mão o número de telefone com o qual devem comunicar em Portugal, para assim se poder iniciar o processo de pagamento dessas despesas.
Aquela folha grande, com letrinhas muito pequenas ´e mesmo para ler com atenção.
Ela poderá ser muito útil num dia qualquer e quando menos se espera.
Outro assunto muito importante e que deve ser tratado após o acidente é a viagem de regresso com a companhia de aviação.
No meu caso, apenas tinha comprado a viagem ao balcão do aeroporto.
Se a pessoa necessitar de cuidados de transporte especiais, a companhia tem de ser avisada para poder despoletar depois todo o mecanismo para que isso possa ser feito da melhor maneira e dentro do mais curto espaço de tempo.
Vai ser necessário mandar via fax todo o relatório do médico com a situação clínica da pessoa.
Para a Tap isso não basta. É necessário que o médico que assistiu a pessoa preencha num formulário por eles cedido, a descrição de toda a situação clínica da pessoa.
Só depois de os serviços médicos da companhia o analisarem é que a tal autorização de voo é concedida. Isto ainda demora algum tempo.
Portanto, se algo de mal acontecer perto do voo, pode contar ter de pagar uma alteração de viagem para uns dias depois .
Se no relatório médico houver a informação que a pessoa não é autónoma ou se o médico da companhia assim o achar, então o problema é mais complicado.
Eles podem apenas autorizar a viagem com outra pessoa a acompanhar ( e se o doente estiver sózinho, vai ter de ir alguém lá buscá-lo...).
Caso não haja essa possibilidade a nível familiar, então poderá vir um enfermeiro ao qual o doente pagará a viagem e que a companhia aérea disponibiliza.
Se, tal como no meu caso, não houver mobilidade que permita caminhar pelo próprio pé até ao assento do avião, então há ainda outros procedimentos a ter em conta:
Depois da tal autorização do médico, a Companhia de aviação manda uma cópia do processo para o aeroporto e outra para o comandante do avião.
(Como podem aperceber-se, ninguém embarca acidentado sem conhecimento do chefe de cabine)
Quando se faz o check in , avisamos que temos autorização especial de voo, e que a deslocação tem de ser feita em cadeira de rodas.
(Aqui há 3 opções: até à porta de embarque- até ao final da manga- ou até ao assento do avião). Convém avisar concretamente qual o tipo de serviço pretendido.
Então, a nossa bagagem leva a etiqueta de prioritária e a partir daí, o doente e o acompanhante têm tratamento e acompanhamento específico.
Um empregado do aeroporto leva-nos até ao raio x. Mesmo que a fila esteja longa, temos prioridade.
Chegados á porta de embarque, somos novamente os primeiros a entrar na manga de acesso ao avião.
A miM, a cadeira levou-me até ao assento do avião.
Só depois de estarmos instalados é que os outros passageiros têm ordem para entrar.
Mas a tripulação não tem a obrigação de ter cuidados especiais connosco.
Eu, por exemplo, tinha um braço imobilizado junto ao corpo e como não conseguia abrir as célebres sandes quentes da Tap, teve de ser o meu filho a tratar de a abrir.
O tratamento diferenciado aparece novamente ao aterrar.
Primeiro saem os outros passageiros.
Como fiquei bastante atrás e o avião vinha com lotação completa, ao chegar a LIsboa, os passageiros sairam todos pela porta da frente, enquanto abriram a porta de trás só para nós. Vieram então 2 funcionários com uma cadeira que me levou para uma espécie de carro grua. Desceram-me e ali bem perto estava um outro carro que nos levou pela pista fora até á porta que dava acesso à saída para os tapetes rolantes das malas.
O senhor que nos acompanhava empurrou-me até ao tapete. As nossas malas foram as primeiras a sair daquele voo e aí vamos nós a passar ao lado da alfândega até á saída dos passageiros.
Já lá estava o meu marido à minha espera,lavado em lágrimas, trazendo uma cadeira de rodas , que me serviu de companhia durante algum tempo.
Mas isto tudo só foi possível pois as coisas tiveram o tratamento devido.
Como disse lá mais em cima, o seguro do cartão prevê estas tais despesas de repatriamento.(com os tais 5 dias de internamento hospitalar)
MAS EU NÃO COSTUMO SAIR SEM IR A UMA COMPANHIA DE SEGUROS E SUBSCREVER UM SEGURO DE VIAGEM. PAGA-SE CONFORME OS DIAS E O DESTINO. hÁ várias cláusulas a serem abrangidas em caso de o mesmo ser accionado. Escolham a que mais vos convém. Então, nestes seguros ,normalmente, estas despesas acabam por ficar todas cobertas.
Espero que o que escrevi sirva de alerta e de conhecimento para quem me leu.
Desejo que nunca vos seja preciso recorrer a serviços destes, assim tão específicos e pessoais.
Mas se precisarem........já vos avisei como é...
Gostava que as pessoas que me leram comentassem a dizer se sabiam destas"regalias" inerentes ao cartão e se a minha explicação vos interessou ou se acham que a mesma não teve nenhum interesse.
Bom fim de semana
Passear é, por enquanto, para mim uma miragem.
E enquanto estava aqui com algumas das minhas dores veio-me à lembrança que talvez tenha chegado a hora de focar um ou outro aspecto que acho que todas as pessoas que vão de viagem(nem que seja por um simples fim de semana) para qualquer país da União Europeia, não devem deixar de cumprir, religiosamente.
Isto porque o mal não acontece só aos outros e, portanto, pessoa prevenida vale por duas.
1 - CARTÃO EUROPEU DE SEGURO DE DOENÇA.
Ele dá-nos a possibilidade de podermos ser assistidos em qualquer hospital público-mesmo sendo necessária qualquer intervenção cirúrgia.
O transporte em ambulância
Radiografias e outros exames
Isto tudo sem qualquer despesa da nossa parte.
As contas são feitas, posteriormente, entre os serviços de saúde estatais dos dois países.
Este cartão tem validade de 3 anos e é pessoal e intransmissível.
Apenas cobre gastos de ocasião e não aqueles tratamentos e operações que as pessoas têm programadas para fazer no estrangeiro.
Trata-se na Segurança Social. Também na Loja do Cidadão ou pela internet no site da S.sOCIAL.(além dos 27 países da U.E. também é aceite na Suiça, Noruega, Liechtenstein e Islândia)
Se não tiver este cartão e necessitar de cuidados médicos, terá de pagar todas as despesas que os serviços médicos lhe apresentarem nesse país. Guardar as facturas e apresentá-las no Serviço de Saúde da área da residência. Depois de as mesmas serem analisadas , o Ministério da Saúde decidirá se elas serão reembolsáveis e qual a data de pagamento. Pelo que ficou dito ,o melhor mesmo é tratarem do cartão de modo a estar na vossa posse à data da partida.
«««««««««« »»»»»»»»»»
Outro aspecto muito importante relaciona-se com o seguro de viagem.
Acreditem que a melhor opção, para no caso de o mesmo vir a ser necessário, é efectuar o pagamento da viagem com cartão de crédito.
Isto porque , ao subscreverem um cartão deste tipo, ele tem associado um seguro de viagem.
Convém ler bem as cláusulas e assim saber aquilo que tem direito em caso de algum acidente.
O meu cartão assegura o pagamento das despesas extraordinárias feitas,por motivo de acidente, tais como: deslocação em transportes especiais, pagamento de consultas,medicamentos, alugueres de cadeira de rodas e ainda as originadas com o repatriamento da pessoa acidentada.(estas últimas se a pessoa estiver internada 5 dias)
Nem todos os cartões têm as mesmas cláusulas.
Por isso, ao subscreverem um cartão, devem inteirar-se do que podem usufruir em caso de necessidade.
Devem também ter à mão o número de telefone com o qual devem comunicar em Portugal, para assim se poder iniciar o processo de pagamento dessas despesas.
Aquela folha grande, com letrinhas muito pequenas ´e mesmo para ler com atenção.
Ela poderá ser muito útil num dia qualquer e quando menos se espera.
Outro assunto muito importante e que deve ser tratado após o acidente é a viagem de regresso com a companhia de aviação.
No meu caso, apenas tinha comprado a viagem ao balcão do aeroporto.
Se a pessoa necessitar de cuidados de transporte especiais, a companhia tem de ser avisada para poder despoletar depois todo o mecanismo para que isso possa ser feito da melhor maneira e dentro do mais curto espaço de tempo.
Vai ser necessário mandar via fax todo o relatório do médico com a situação clínica da pessoa.
Para a Tap isso não basta. É necessário que o médico que assistiu a pessoa preencha num formulário por eles cedido, a descrição de toda a situação clínica da pessoa.
Só depois de os serviços médicos da companhia o analisarem é que a tal autorização de voo é concedida. Isto ainda demora algum tempo.
Portanto, se algo de mal acontecer perto do voo, pode contar ter de pagar uma alteração de viagem para uns dias depois .
Se no relatório médico houver a informação que a pessoa não é autónoma ou se o médico da companhia assim o achar, então o problema é mais complicado.
Eles podem apenas autorizar a viagem com outra pessoa a acompanhar ( e se o doente estiver sózinho, vai ter de ir alguém lá buscá-lo...).
Caso não haja essa possibilidade a nível familiar, então poderá vir um enfermeiro ao qual o doente pagará a viagem e que a companhia aérea disponibiliza.
Se, tal como no meu caso, não houver mobilidade que permita caminhar pelo próprio pé até ao assento do avião, então há ainda outros procedimentos a ter em conta:
Depois da tal autorização do médico, a Companhia de aviação manda uma cópia do processo para o aeroporto e outra para o comandante do avião.
(Como podem aperceber-se, ninguém embarca acidentado sem conhecimento do chefe de cabine)
Quando se faz o check in , avisamos que temos autorização especial de voo, e que a deslocação tem de ser feita em cadeira de rodas.
(Aqui há 3 opções: até à porta de embarque- até ao final da manga- ou até ao assento do avião). Convém avisar concretamente qual o tipo de serviço pretendido.
Então, a nossa bagagem leva a etiqueta de prioritária e a partir daí, o doente e o acompanhante têm tratamento e acompanhamento específico.
Um empregado do aeroporto leva-nos até ao raio x. Mesmo que a fila esteja longa, temos prioridade.
Chegados á porta de embarque, somos novamente os primeiros a entrar na manga de acesso ao avião.
A miM, a cadeira levou-me até ao assento do avião.
Só depois de estarmos instalados é que os outros passageiros têm ordem para entrar.
Mas a tripulação não tem a obrigação de ter cuidados especiais connosco.
Eu, por exemplo, tinha um braço imobilizado junto ao corpo e como não conseguia abrir as célebres sandes quentes da Tap, teve de ser o meu filho a tratar de a abrir.
O tratamento diferenciado aparece novamente ao aterrar.
Primeiro saem os outros passageiros.
Como fiquei bastante atrás e o avião vinha com lotação completa, ao chegar a LIsboa, os passageiros sairam todos pela porta da frente, enquanto abriram a porta de trás só para nós. Vieram então 2 funcionários com uma cadeira que me levou para uma espécie de carro grua. Desceram-me e ali bem perto estava um outro carro que nos levou pela pista fora até á porta que dava acesso à saída para os tapetes rolantes das malas.
O senhor que nos acompanhava empurrou-me até ao tapete. As nossas malas foram as primeiras a sair daquele voo e aí vamos nós a passar ao lado da alfândega até á saída dos passageiros.
Já lá estava o meu marido à minha espera,lavado em lágrimas, trazendo uma cadeira de rodas , que me serviu de companhia durante algum tempo.
Mas isto tudo só foi possível pois as coisas tiveram o tratamento devido.
Como disse lá mais em cima, o seguro do cartão prevê estas tais despesas de repatriamento.(com os tais 5 dias de internamento hospitalar)
MAS EU NÃO COSTUMO SAIR SEM IR A UMA COMPANHIA DE SEGUROS E SUBSCREVER UM SEGURO DE VIAGEM. PAGA-SE CONFORME OS DIAS E O DESTINO. hÁ várias cláusulas a serem abrangidas em caso de o mesmo ser accionado. Escolham a que mais vos convém. Então, nestes seguros ,normalmente, estas despesas acabam por ficar todas cobertas.
Espero que o que escrevi sirva de alerta e de conhecimento para quem me leu.
Desejo que nunca vos seja preciso recorrer a serviços destes, assim tão específicos e pessoais.
Mas se precisarem........já vos avisei como é...
Gostava que as pessoas que me leram comentassem a dizer se sabiam destas"regalias" inerentes ao cartão e se a minha explicação vos interessou ou se acham que a mesma não teve nenhum interesse.
Bom fim de semana
7 comentários:
Amiga para mim teve muito interesse tudo o que disse pois eu nunca andei de avião...um beijinho e as suas melhoras.
Obrigada pela visita na cozinha do menino!!! desejo muito as suas melhoras e que tudo corra bem.
Bjokas:))resto de bom domingo«««
Não conhecia nenhuma dessa regalias e nem sei se o meu cartão as possui. Mas sou apologista que o sabar nunca é demais por isso obrigada pela partilha.
Agora vendo bem as coisas até que o teu regresso não foi assim tão mau, com tanta regalias!!!
As melhoras
Bjs
Mónica
Olá Turbolenta, espero que estejas a recuperar bem, e que dentro em breve tudo não seja mais uma historia para contar.
Em relação ao que nos explicas, realmente não tinha qualquer conhecimento, nunca viajei para fora do pais, ou sej anunca andei de avião, mas é sempre bom saber que existem estes serviços e o que devemos fazer. É sempre bom prevenir .
Beijinhos grandes, as melhoras.
Alda
Não conheço esse cartão europeu, mas como sou emigrante provavelmente nao estu abrangida. O meu cartão de crédito é de Macau e cobre pouca coisa, além da maioria das agências não aceitar o pagamento, mas faço sempre seguro e olha que o ano passado já me valeu o dinheiro gasto. O meu filho fez exames que me custaram 300 euros e como foi de urgência recebi 27o. Não foi mau!
Mas obrigada pela informação e espero que estejas melhor!
Bjs
Claro que teve interesse, e sinceramente não sabia de tanta vantagem. Compro sempre as viagens com cartão de crédito, já para ter direito ao tal seguro de viagem, mas felizmente nunca precisei de o accionar.
Beijocas!
beijos da enfermeira
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