Até tornados têm feito das suas em vários pontos do país.
Tudo quanto aconteceu na Madeira fez-nos pensar mais seriamente que já não sabemos se podemos estar seguros em algum lado quando uma intempérie desaba em larga escala.
E o que é mau para uns acaba por se transformar em oportunismo por pessoas sem escrúpulos, que fazem campanhas fantasma em nome das vítimas e de uma suposta ajuda, mas cujo dinheiro acaba por ir direito para contas bancárias de quem não tem nada a ver com tais desgraças nem nunca pensou ajudar seja quem for.
Mas toda esta conversa vem a propósito do seguinte: as pessoas, quer queiramos quer não, acabam por ficar muito preocupadas com todas estas alterações climatéricas e já não andam descansadas.Qualquer chuvada mais forte ou vento mais intenso fá-las pensar o pior. Entram em pânico.
Aqui a minha zona ,de vez em quando, leva com uma cheia. O ribeiro ( que traz águas da zona do Oeste), não é preciso muito para que a água saia fora. Lá vem uma inundação, a lama, os prejuízos.
Depois, temos uma zona de várzea, e como tal, uma zona alagadiça.
Isto para mim e para a maior parte das pessoas( só um cego não vê isto)...um cego e mais alguém que tem interesses em que assim não seja .Só assim se justifica estar a surgir uma grande urbanização numa zona que inunda facilmente.
Á frente....
As conversas são como as cerejas e o que eu queria escrever não era bem isto, mas lá vou:
Anteontem à noite, o meu marido deitou-se mais cedo que o habitual. Eu deitei-me por volta das 23.30 H e chovia abundantemente. Ao longe uma trovoada bem forte.
Ainda eu não dormia e começa a chover torrencialmente.
O marido levantou-se e foi abrir a porta da rua. Não se via nada senão água, que de ser tanta, ao bater no alcatrão com tanta força, dava a impressão de se transformar em nevoeiro.
Ele, que não se assusta fàcilmente, só dizia: "É hoje ! É hoje!".
E porquê? Porque já imaginava as cheias, o não ter hipótese de ir trabalhar e tudo daí resultante.
Em suma: o tal pavor que vem acometendo muita gente. O pânico que se instalou nas pessoas. O nunca saber o que acontecerá no momento seguinte devido às tantas chuvas que têm caído. O pensar que os tornados também têm aparecido por cá. Enfim: maus pensamentos de coisas reais que nos podem acontecer nesta altura.
Felizmente deixou de chover passado pouco tempo. O rio não deitou fora e foi possível ir trabalhar.
E agora com planos dos governos para a reforma aos 67 anos, ainda vai ter de andar a pedalar mais uns anitos à espera da tão almejada reforma.