Os pontinhos são os painéis de energia solar que a maioria dos edifícios tem.
Parece-me ser identificativa do nível de poluição, que dá a impressão de tempo encoberto.
Todas as fotos não mostram uma panorâmica de 360º sobre Atenas...
ATENAS
Mais que uma enorme e "monstruosa" cidade, ela é uma cidade que , ou se ama ou se odeia. Ao aterrarmos não fazemos ideia daquilo que vamos ver. Ou melhor, sabemos aquilo que conhecemos dos guias turísticos. Levamos na vontade uma visita aos locais históricos que estudamos.Queremos ver com os nossos próprios olhos todos aqueles monumentos, museus, descobertas arqueológicas que tão bem retratam a história da Grécia desde os tempos mais remotos até aos nossos dias. Imaginamos (eu imaginava) uma cidade bem diferente da que vamos encontrar.
Na bagagem vai a vontade de calcorrear ruas de uma grande cidade, em que, ao virar de cada esquina há algo de muito interessante que nos desperte a atenção.
Isto é uma tarefa complicada para quem escolhe o pino do Verão. Um calor sufocante, aliado a um dos maiores(senão mesmo o maior) nível de poluição atmosférica, dificultam bastante a realização do que nos propunhamos.
Mas, nada melhor que uma subida ao Monte Lykavittos para se ter a verdadeira percepção da extensão daquela cidade (embora nem tudo quanto se aviste seja a capital).
Esta subida foi coisa jeitosa....
Fomos de Metro até à estação mais próxima. Perguntamos qual o trajecto melhor. As opiniões dividiam-se:para uns era melhor o teleférico.Para outros ...havia uma escadaria até lá acima.
Fazia um calor abrasador (mesmo ao final da tarde). Opção 1 : teleférico.
Mas o que nos não disseram era que, bem perto do Metro , as ruas eram todas a subir e depois havia vários lances de uma enorme escadaria quase a pique. Subir....subir.... e por fim o procurado "objecto". Depois: preço único... Portanto, nem pensar em descer a escadaria a penantes . O custo é de ida e volta.
Vista lá de cima, a cidade é um colosso.
Tive a certeza que ela é desordenada, com um aspecto triste. Olhando com atenção para o cimo dos prédios tive a impressão que há falta de espaço, pois pareceu-me que, na maior parte deles, cada um dos moradores, ao precisar de mais espaço resolveu edificar uma casinha para as suas arrumações nos telhados do edifício.
As ruas parecem não obedecer a nenhum plano urbanístico.
Parece haver falta de espaços verdes.
Depois, foi uma sensação esquisita, numa cidade, ver tudo branco, desde as fachadas aos terraços. Senti-me triste.Desiludida. Não era aquela a visão que esperava encontrar daquela cidade.
Mas isto é o que vemos lá de cima.
Cá em baixo tudo é diferente.
Esquecemos o que aquela cidade nos aparentou ser para vermos e descobrirmos o que ela realmente é.
Tem muitos, mas mesmo muitos pontos de interesse.
Há muitos locais que merecem a nossa visita.
Por ali, o ar que se respira não é puro (também o não é em qualquer outra cidade), mas respira-se cultura em todos os locais, em todos os momentos.
É uma sensação estranha vermos ,frente aos nossos olhos muitas das coisas que estudamos .
De bem estar, pois é um grande prazer estar naqueles locais tão místicos, tão carregados de séculos de história.
Olhando para tudo aquilo, damos connosco a pensar como é que, em tempos ancestrais foi possível fazerem tudo aquilo, quais teriam sido os métodos usados na sua construção, como teria sido o transporte dos pesadíssimos materiais.
Isto tudo faz-nos pensar muito, bastante mesmo. Faz-nos recuar a tempos passados . Leva-nos a pensar se, perante toda aquela grandiosidade histórica , seríamos capazes de ajudar a produzir tais obras de arte. Muitas são tão perfeitas, tão sumptuosas que mesmo nos dias de hoje, com toda a maquinaria existente, não poderíamos fazer nada melhor nem mais perfeito e minucioso.
Há quem não esteja virado para este estilo de turismo. Pessoas há para quem férias são apenas sinónimo de praia.
E para justificar as minhas impressões, aqui deixo algumas "vistas" a partir do ponto mais alto da cidade de Atenas.
Outras "impressões" ficam para depois.
5 comentários:
Olá, "menina";
Bela e correta descrição de uma cidade bela, empolgante,... mas complicada.
Não adianta acrescentar nada porque o teu resumo foi perfeito.
E também confirmo; Atenas ou se ama ou se detesta,... mas depois de 3 dias, acabamos por gostar.
bjs,
Osvaldo
A mim chocaram-me alguns pormenores, como estradas super movimentadas construídas ao lado de monumentos imponentes, ou a linha de comboio que passa por cima da Ágora. Enfim, o que a falta de espaço não implica...
Beijoca!
Obrigada pela tua opnião!
A sensasão que tive com as fotos foi a tua, mas também pensei que depois de lá estar veria coisas que me interessariam. Agora fiquei com mais certezas.
Bjs
Mónica
Pois, eu adoraria conhecer a cidade! Obrigado pelas imagens e pelo texto!
Muitos beijinhos!!!
Olá! Belíssima descrição da cidade de Atenas.
De facto a cidade costuma ser uma supresa mais pela negativa que pela positiva... temos é que saber o que vamos encontrar para não sermos surpreendidos.
Para ser sincera, chateiam-me as pessoas que vão lá e dizem que a cidade não presta porque é feia e poluída... pois eu digo que se outras cidades tivessem passado pelo que passou Atenas, também seriam assim... ou pior.
Atenas sempre foi um petisco muito apetecível... para o Alexandre O Grande, para os Romanos, para os Cruzados, e principalmente para os Turcos com quem travaram inúmeras guerras.
Mas o grande “boom” populacional de ambos aconteceu repentinamente em 1921 como resultado de uma destas trágicas guerras entre Grécia e Turquia. Um tratado de paz resolveu a guerra mas foi determinado que haveriam de ser trocadas as populações de cada etnia, muçulmanos por cristãos. As pessoas viram a sua identidade ser avaliada com base apenas na RELIGIÃO e assim, chegaram a Atenas e Piraeus cerca de 1 MILHÃO de refugiados vindos da Turquia. A sua integração e sobrevivência são um dos grandes eventos da história da cidade que deixou marcas até hoje, e que na altura mudou numa acentada a organização e aspecto da capital.
Como é que Lisboa se organizaria se de hoje para amanhã tivesse 1 milhão de refugiados a entrar pelo Tejo a dentro, sem ter onde ficar?
Foi uma bela viagem, a vossa.
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