Não mo digam, pois sei que é moda.Também sei que os apoiam.
Bem sei que dizem ser uma forma de expressão (dita cultural)…Que representa uma certa classe, geralmente juvenil.Mas não é coisa que eu aprecie.E tenho direito a ter opinião!
E quando digo isto não estou a referir-me aquelas verdadeiras obras de arte, feitas por autênticos artistas profissionais de graffitis, bem desenhadas, bem pintadas, de intenso colorido, que são um verdadeiro deleite para a nossa vista.Essas merecem toda a minha atenção (e até fico com muita pena de não conseguir fazer algo assim).
Estes últimos deviam ser apoiados e aproveitados, tendo em vista o reconhecimento pelo bom trabalho produzido, e, como tal, deveria ser devidamente preservado e, por isso mesmo, estar em locais de culto , tal como uma obra de arte está num museu. Preservado.Qualquer um a podia visitar.
Ela não estaria na rua, à mercê das intempéries nem à espera que os outros, os tais a que primeiro aludi ao dizer que não gosto deles e, num gesto de total desprezo pelos verdadeiros “artistas” e
stragassem a obra com garatujadas que nada dizem ao mais comum dos mortais.
Talvez a Marisa Cruz pense como eu, senão não teria chamado alguém com valor para decorar o interior da sua loja de roupa .
Casualmente na 5ª feira fui a Lisboa .À zona de Santos e subi até à Bica e Chiado.

Como o elevador está em obras, subi desde a zona do C.Sodré ”a penantes”, até à Calçada do Combro.
Gostei do percurso por aquelas ruas inclinadas e estreitas que os turistas tanto apreciam.
Havia-os lá “às carradas” de máquina em punho. Eu até mais parecia um deles.
Mas, no meio do meu encantamento, algo me chocou profundamente.Como é possível que a maior parte das paredes daquelas velhas e típicas habitações da Lisboa antiga estejam repletas de : riscos, letras e de garatujadas ?


(Claro que também não há respeito pela sinalização)

Tanto quanto sei, apenas esta parede que suporta o gradeamento para o Miradouro de Santa Catarina (mais conhecido por Adamastor) está autorizada a ser todos os anos redesenhada e pintada na altura do Santo António.
Aqui, inicialmente alguém pintou um graffiti. Logo veio um "escrivão "fazer umas letrinhas por cima.

Por isso, quando na 6ª feira deparei com esta notícia no jornal, pensei “cá com os meus botões”:
Ora aí está um boa tomada de posição!
Se fosse eu fazia o mesmo!
Pena que seja só no Bairro Alto que tenha havido esta tomada de posição.
Devia haver leis neste sentido. As Câmaras e Juntas de Freguesia deviam poder ter uma palavra a dizer.
Ninguém devia ter direito a estragar e sujar o património das outras pessoas.
Cada um devia ser responsabilizado pelos seus actos.
Ora então aqui vai a notícia:
(Fonte C.Manhã):
Fachadas do Bairro Alto
Graffiters limpam.
Os detidos em flagrante delito a pintar graffitis no Bairro Alto, Lisboa, serão castigados com a limpeza e pintura da fachada que danificarem, de acordo com um protocolo assinado ontem entre Francisca Van Dunem (Procuradora-Geral distrital de Lisboa), a Câmara e a P.S.P.
Posto isto, lembrei-me que, mal tinham tirado os andaimes ao prédio onde eu comprei um andar, (no qual apenas e ainda 2 casas haviam sido vendidas)…. e logo apareceu “ uma inteligência” que num fim de tarde o foi “autografar” todo a preto.
Teve azar!
Assinou a obra.
Alguém viu e o construtor apanhou-o de seguida.
Os pais foram chamados a reparar os danos e obrigados a pagar a limpeza de toda a fachada danificada. Em casa, o “menino” deve ter levado uma reprimenda, pois este “ artista” nunca mais produziu nada igual!
Pelo menos por aquelas bandas!
Posso saber qual a vossa opinião?