quarta-feira, agosto 25, 2010

BEM-VINDO A BORDO

Bem-vindo a bordo!
Façam o favor de se sentar e apertar os cintos, pois.......hoje vamos voar baixinho.
Aproveitamos a oportunidade para lhes desejar uma óptima viagem, enquanto degustam uma bela refeição.
E para acompanhar?
Chá, café, sumos, água ou vinho?Bom apetite!
Hoje lanço um desafio (bem fácil por sinal).
Não vai haver prémio para quem acertar (senão a brincadeira ía sair-me cara.
..)
Mas...Ora digam lá a que companhias de aviação pertencem "estas sandes maravilha"?

E já agora, há uma das sandes em que mostro a foto do estado em que a mesma se apresentava ao abrir a embalagem .Achei que, coitadinha,... não iria ficar muito bem na fotografia... Por isso, depois de um breve "arranjo" lá ficou com um ar mais apresentável e zás....então sim! uma bela foto para a prosteridade.
lol lolA verdade é que, cada vez mais as companhias de aviação reduzem os gastos, cortando na alimentação. Até aí nada de novo.Considero que em viagens de menos de 2 horas e meia nem faz muito sentido distribuir umas "sandochas". Quem tivesse fome que a levasse de casa!
Assim, talvez pudessem baixar um pouco o custo das viagens que não são assim tão baratas quanto isso ( estou a referir-me particularmente a estas companhias cujas "preciosidades" hoje mostro).
Mas... já que fazem questão de alimentar tanta boca, pelo menos que elas fossem um pouquinho melhores!

Ora vamos lá a votos s.f.favor, enquanto eu vou ali preparar o meu lanchinho porque daqui a bocado já sei que não me vão nada a bordo e a companhia nem é low-cost.Até para a semana!






sábado, agosto 14, 2010

EU A AS MINHAS RELAÇÕES COM AS VACAS...

Há muito que não contava uma estória.
E esta vem mesmo a propósito do tema: uma viagem aos Açores .
A primeira vez que fui a S.Miguel foi em Janeiro de 1975.
Um jovem casal amigo ía lá a fim de o marido ver quais as alterações a fazer num projecto existente em Ponta Delgada. E lá fomos os 3.Foi uma viagem que me ficou na memória por vários factores, uns bem melhores que outros, mas que, mesmo assim, não deixam de ser (agora) contados com risadas.
Escusado será dizer que nessa época do ano o tempo esteve sempre chuvoso, cinzento e triste. As núvens sempre baixas ( o que raramente permitiu uma total visão nos miradouros por onde passamos). E, como acho por bem dizer: quando não chovia para lá caminhava.
Por isso, se queríamos tirar fotos era debaixo do chapéu de chuva. A humidade era tanta que, ao fim daqueles dias consegui trazer 3 rolos coloridos de 36 fotos cada.Quanto à qualidade das fotos: maravilhosa! Uma profusão dos mais variados tons de cinzento que foi um espectáculo. E como se isto não bastasse... a máquina teve de ir para arranjar!Mas não era disto que queria falar.
Era das vacas.
Aqueles animais na sua maioria pretos e brancos que se encontravam em todas as encostas, em todas as pastagens, à beira das estradas e....no meio delas.
Suas excelências apareciam em grupos enormes à frente dos carros e era deixá-las passar, pachorrentas.
O próprio aeroporto , mais pequeno que o actual, tinha uma pequena barreira que dava para a pista e com uma vedação de rede à volta. E não foi uma nem duas vezes que os aviões depois de se fazerem à pista tinham de ir dar mais uma voltinha com os passageiros para que "as malhadinhas" fossem empurradas para fora da pista pois os animais tinham-se esgueirado para o alcatrão por algum buraco na rede.
Nesse tempo, o aeroporto era conhecido como "aerovacas".Agora , imaginem a seguinte cena passada com estes 3 turistas e com umas vaquitas...
Alugamos um carro e num dos dias fomos às Sete Cidades.Lembro-me de termos estado no miradouro da Vista do Rei e ao entrarmos naquela dita Vila a rua ser em paralelipípedos e ter uma pequena descida. Desembocava numa estreita rua com casas baixinhas do lado direito, estilo casas sociais e do esquerdo uma pequena barreira com umas pastagens em cima. O piso da rua era terra batida. Com a chuva e porque ficava numa parte baixa, havia alguma lama.
Era eu que levava o carro e de repente só vejo umas vacas descerem a barreira e atravessarem-se à frente do carro.Tive de parar.
Quando ía para arrancar o carro atolou.
Olhamos uns para os outros e aflitos, já nos imaginavamos a sair do carro no meio do lamaçal, a termos de o empurrar, os pés e as pernas todos sujos e o carro alugado também.
E enquanto ali permanecemos, vem atrás das vacas um senhor com um grande pau na mão.
Chega-se o pé do carro e disse, com a mão no ar: "Sinhô na sai...Ispéra aí".
Dizendo isto, desapareceu atrás das vacas por entre as casas.Olhamos e às portas apareceram algumas pessoas que ali permaneceram a ver o resto "do filme".
Esperamos pelo homem uns minutos (que nos pareceram horas) e quando pensávamos que ele já não vinha e amaldiçoávamos as vacas, a lama , o homem que nos tinha enganado e decidíamos então quem empurrava e quem ficava com os pés limpinhos, eis que sai entre as casas um tractor em nossa direcção.
Era o homem das vacas!
Desceu, prendeu o carro ao tractor com uma corda.Subiu de novo para o tractor e depois de nos rebocar para uns metros mais à frente, parou novamente, tirando a corda e dizendo-nos, com um riso de orelha a orelha: "Pode segui!".
Depois achamos graça à situação.E ainda pensamos que por cá, talvez isto tivesse outro desfecho.
Talvez os "meninos"não saissem dali tão limpos quanto haviam chegado.
Mas é assim mesmo: os Açoreanos são mesmo prestáveis, humildes, simpáticos, gostam de ajudar os outros e tratam maravilhosamente bem quem os visita.
Eles sabem que o turismo é a sua grande fonte de rendimento e como tal esforçam-se por bem receber.
São estes os atributos (além da beleza paisagística) que fazem muitos turistas voltar novamente.
Por estas e por outras é que gosto tanto de lá voltar.
E, quando volto passado algum tempo, uma coisa tenho a certeza: Cada vez vejo menos as minhas amigas vacas.
Antigamente bastava sair da capital e havia-as em tudo quanto era terreno. Agora, embora haja muitas, nada se compara às que havia há alguns anos.
(miradouro da Ponta da Madrugada- Nordeste)

E, como prova do que escrevi e da grande simpatia para quem os visita ,deixo esta foto.
Há por todo o lado parques, retiros ou miradouros com mesas e bancos- muitos deles com alpendres como este, pois a chuva aparece com frequência e churrasqueiras.... com lenha.
Por isso, se os restaurantes são caros, ninguém fica com fome pois pode fazer sempre um grelhadinho na hora.
lol lol


bom fim de semana

quinta-feira, agosto 12, 2010

REGRESSADA DE FÉRIAS


Eis-me chegada de uns dias de merecido descanso.De uma viagem aquilo que considero"um verdadeiro campo"
Descanso não, pois desta vez acho até que não descansei o suficiente.O tempo foi pouco e havia que aproveitá-lo ao máximo.
Foi bom fugir ás temperaturas altíssimas que se faziam sentir no Continente e durante alguns dias sentir uma temperatura mais amena no nosso corpo.
Como é muito vulgar por aqueles lados, os chuviscos apareceram todos os dias.As noites eram frescas e por vezes chovia.
As manhãs eram mais para o encoberto e então sim, as tardes eram bem melhores.Um sol nem sempre demasiado forte mas suficientemente bom para umas idas á praia.
Resumindo: todos os dias apanhamos uns momentos de chuva fraca e uma temperatura primaveril de cerca de 22 a 26º.
É bom voltar aos sítios dos quais gostamos e não nos importamos de voltar a rever. Observar as diferenças existentes entre esta e as anteriores visitas.
Claro que as diferenças , num tão curto espaço de tempo, acabam por não serem muitas.Mas uma coisa tenho a certeza: há cada vez menos vacas na ilha .
A paisagem continua linda de morrer.Para quem nunca a viu, é um destino que recomendo.
Sem desprimor para as outras ilhas, esta é, para mim, a mais bonita. Por isso já lá aterrei algumas vezes e é sempre com grande prazer que o faço.
Podem dizer que o mundo é muito grande para irmos mais que uma vez aos mesmos locais... Tudo bem!Mas não há lugares ou países onde gostariam de voltar?
Aqui, na chamada Ilha Verde, com uma paisagem natural demasiado bela e repleta de flores por todos os
lados, mesmo nos mais recônditos, a flora delicia-nos o olhar.Por isso, aq

ui vos deixo uma pequena amostra das muitas flores que podemos ver na Ilha de São Miguel.

Esta , a chamada " Conteira" é muito vistosa e , segundo dizem os nativos, foi a primeira flor a chegar á Ilha. É considerada uma autêntica praga, tal a sua capacidade de propagação.
E para ver se é ou não a tal praga, trouxe 2 que plantei no meu jardim.
Vamos ver se elas se dão com os ares do Continente.
Mas, não há bela sem senão e se para os Micaelenses ela é uma praga , o mesmo não acham os Ingleses que a compram em grandes quantidades para levar para o Reino Unido.
As Hortenses são o cartão de visita da Ilha.
É a 2ª praga por aquelas bandas. Elas servem para fazer a demarcação dos terrenos. Contrastando com o verde das encostas , o colorido das suas flores, na maioria azul forte , proporciona uma bela imagem.

As magnólias no seu auge.Esta, fotografada no Parque do Terra Nostra, foi pelos meus filhos apelidada de "piripiri"
E, no Ilhéu de Vila Franca do Campo, no meio do mar, nascem, assim do nada estes cactos


e aquilo que penso serem "boquinhas de Lobo". Silvestres mas interessantes estas florinhas.

(hoje não consegui reduzir as fotos,pois estou a trabalhar num p.c. que não o meu e não sei que volta dar para "encolher" as fotos. Por isso, resolvi dar a esta página um ar tão Primaveril.